O primeiro-ministro português inicia hoje uma visita a Cabo Verde, onde participará nas comemorações do 40º aniversário da independência, de lá partindo para a sua primeira visita oficial à Guiné-Bissau, na segunda-feira.
D urante essa visita oficial, será assinado o Programa Estratégico de Cooperação entre Portugal e a Guiné-Bissau para 2015-2020, ao qual está associada uma verba de cerca de 40 milhões de euros para promover a democracia e o desenvolvimento deste país da África Ocidental, que tem um histórico de instabilidade política.
Acompanham Pedro Passos Coelho nas deslocações a Cabo Verde e à Guiné-Bissau o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e o ministro da Saúde, Paulo Macedo.
Hoje, na Cidade da Praia, o primeiro-ministro português vai participar nas comemorações do 40º aniversário da independência de Cabo Verde, a convite do seu homólogo cabo-verdiano, José Maria Neves, e aproveitará a ocasião para contactos institucionais.
Recorde-se que, em termos de liberdade económica, Angola está no 39º lugar entre 46 países da região da África subsariana e no 158º do ranking global, enquanto Cabo Verde é o 3º no ranking africano.
Segundo o programa distribuído à comunicação social, o chefe do Governo PSD/CDS-PP será recebido pelo seu homólogo José Maria Neves, com quem dará uma conferência de imprensa, e pelo presidente da Assembleia Nacional de Cabo Verde, Basílio Ramos.
Mais tarde, Passos Coelho estará com o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, num ‘cocktail’ oferecido por este no âmbito das cerimónias da independência deste país, com o qual, segundo fonte diplomática, Portugal mantém “excelentes relações”.
À noite, o primeiro-ministro português segue para a Guiné-Bissau, para na segunda-feira realizar a sua primeira visita oficial a este país, a convite do seu homólogo guineense, Domingos Simões Pereira.
Na Guiné-Bissau, além de se reunir com as autoridades políticas guineenses, Passos Coelho fará uma visita à equipa portuguesa que instalou um laboratório neste país para ajudar na detecção do vírus Ébola, à qual deverá entregar cinco telefones por satélite. Oficialmente, não houve até agora casos de Ébola na Guiné-Bissau.
Para além de dar formação e ajudar a prevenir e detectar o vírus Ébola, essa equipa portuguesa, que conta com profissionais do Instituto Ricardo Jorge e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), já deu apoio local ao controlo de surtos de sarampo e de meningite.
O Acordo Estratégico de Cooperação entre Portugal e a Guiné-Bissau 2015-2020 será assinado no final de uma reunião entre os primeiros-ministros português e guineense, que darão uma conferência de imprensa conjunta.
Em Março deste ano, realizou-se em Bruxelas uma Conferência Internacional de Doadores para Guiné-Bissau, para consolidar a democracia, reforçar o Estado de direito, acelerar a retoma económica deste país e melhorar as condições de vida dos guineenses.
Na altura, Portugal comprometeu-se com um apoio de aproximadamente de 40 milhões de euros, a concretizar através de um novo Programa Estratégico de Cooperação com a Guiné-Bissau para os próximos anos, a assinar até Junho.
Durante esta visita de um dia, Passos Coelho terá também reuniões com o Presidente da República, José Mário Vaz, e com o presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá.
O programa inclui ainda um seminário económico, no qual estará o presidente da Agência Portuguesa para o Investimento Externo de Portugal, Miguel Frasquilho, uma recepção à comunidade portuguesa – estão registadas nesta secção consular 7 mil pessoas – e um encontro com o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Miguel Trovoada.